Motorneiro Marcos Celestino
Entre os 9 motorneiros que trabalham conduzindo os bondes de Santa Teresa pelo bairro, um se destaca: Marcos Celestino, o Marquinhos, é quem ocupa o cargo há mais tempo. Aos 54 anos, é motorneiro há 34. Esse foi seu primeiro emprego e, se depender dele, será o último.
“Ser selecionado é um grande orgulho. Acredito que qualquer trabalhador brasileiro, que é guerreiro, gostaria de participar. Também represento todos os trabalhadores do novo bonde de Santa Teresa, da Secretaria de Transportes. Esta é uma grande homenagem a quem sempre se dedicou ao serviço público – disse o funcionário, que conduzirá a tocha, no dia 5 de agosto, no Rio de Janeiro.”
Casado há 30 anos, ele conheceu sua esposa enquanto conduzia um dos trens. As experiências vividas no dia-a-dia, das manobras aos mais diversos acontecimentos, são compartilhadas com os colegas. Além de condutor, Marquinhos é instrutor dos novos motorneiros, a quem ensina que o trabalho, apesar de prazeroso, é complexo. Um dos momentos mais inusitados durante o trabalho, foi quando, por acaso, conduziu uma noiva. “Por volta de 8h da manhã, o bonde tinha poucos passageiros. Ela estava saindo de casa de carro, mas decidiu ir de bonde. Foi muito interessante. Ela pegou o bonde na Joaquim Murtinho e desceu na Paschoal Carlos Magno, em frente a um salão de festas, onde um monte de gente esperava. Foi uma festa quando ela chegou de bondinho”